quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Acta IV

Lisboa, 08 de Dezembro de 2011
Tema: “Autodidactismo vs Academismo”
Moderador: Adriana Santos

Conclusão: Os factos falam por si. 98% Das pessoas nascem com a capacidade de serem génios. 100% Das pessoas que participaram no debate andam na universidade.

Sumário: Como estava muito frio na rua tivemos que procurar um sítio mais quentinho para nos instalarmos, e esse sítio foi o café Jerónimo do Chiado.
A maioria das pessoas ao longo do debate defendeu o academismo dizendo que não existe qualquer problema em receber conhecimento de uma entidade, geralmente um professor, e de uma instituição, por exemplo uma faculdade.
Já a minoria questiona se essa entidade ou instituição ensinam de forma livre e dão a conhecer o que vai para além das suas convicções e gostos. Levando a conversa ao estado do ensino português, que regra geral todos concordamos que esta mal.
Concluiu-se que é impossível ensinar sem exercer nenhuma influência sobre o aluno (mas é possível tentar?!), e cabe a este fazer a distinção. E assim, chega-se ao problema com o qual a publicidade se depara todos os dias: todas as imagens e informações são absorvidas pelo nosso cérebro, umas ficam conscientes outras inconscientes, e isso influencia toda a nossa vida, então toda a informação dada pela entidade ou professor é “processada” mesmo que não concordemos com ela conscientemente, limitando-nos (ou não) a criatividade e em casos extremos leva-nos a adoptar uma estética não criada por nós, mas delimitada por todas as barreiras que fomos apreendendo.
A inserção no meio académico leva a uma diminuição do experimentalismo, saltando etapas e assim não sendo possível dar uma oportunidade a diversos meios e técnicas, como é exemplo o esfuminho, que neste meio é proibido, com o argumento (bastante valido) de que cria desenhos feios e incorrectos, no entanto quando usado de outra forma pode dar resultados mais interessantes.
Também podemos dizer que o academismo, ou a faculdade neste caso, é o melhor conjunto de meio que se consegue arranjar por 1000€.
Abordagem aos conceitos de criativo e técnico, no sentido em que alguém nasce com “o dom especial” de ser criativo e outros só puderam ser técnicos. Felizmente, a maioria discorda desta opinião.
Talento existe? Nasce com alguém ou cultiva-se? Pode dizer-se, à partida, que alguém nunca terá talento? Existe o direito de avaliar quantitativamente alguém? Foram outras perguntas em cima da mesa (ao lado dos brownies e dos cafés quentinhos), onde as respostas se dividiram.

Foram sugeridos cinco temas para o próximo debate, dia 15 de Dezembro, o ultimo antes das férias. Esses temas são: “O que é ser artista”, “ Porque é que existe necessidade de criar arte?”, “Rejeição à produção portuguesa “, “Intervenção na estética humana” e “Vegetarianos vs omnívoros” que vão estar a votação até terça feira dia 13 às 06h.





Número de pessoas presentes: 14
Tema para dia 15-12-2011: Está em votação
Moderador para dia 15-12-2011: Nélio

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